Cinco horas da manhã. Um dia quente, era sexta-feira. John só tinha que voltar do trabalho e após aproveitar o fim de semana. Se arrumou e foi trabalhar.
John era muito pontual, detestava chegar atrasado, também porque seu chefe era muito rigoroso e rude, geralmente trabalhava das cinco ás vinte horas. O serviço era muito cansativo: ficar empacotando cartões e presentes, mas ele adorava, imaginava as crianças, todas as famílias que recebiam aquelas cartas, presentes, alguns podiam ser até do Alasca, ou talvez da China. Tratou de checar o rótulo da caixa que segurara nas mãos, que pena, era da Califórnia. Era muito perto, pois morava em Conectcut.
Vinte horas, ele deixou seu trabalho, chegou em casa, se arrumou e foi aproveitar a noite, andando pela rua, só pensando. De repente ele olhou para o lado e se impressionou com o que viu:
- Ela é linda - pensou consigo mesmo.
Loira, cabelos lisos, ele prestou atenção em cada movimento dela, presumo que foi amor á primeira vista. De repente começou a chover, e ele foi a seguindo até sua casa, e a chuva continuara aumentando, mas aumentou tanto que o seu guarda-chuva quebrou e foi levado pelo vento daquela noite fria. John não teve outra escolha, foi no portão da casa da moça e tocou a campainha.
Ela saiu, enquanto vinha ele olhava cada passo dela:
- Hum... uma camiseta do Brasil... - pensou John - ela deve ser de lá, está aí a razão de tanta beleza.
- Oi! Posso ajudar? - perguntou a moça.
- É que eu estava andando, de repente começou a chover, e meu guarda-chuva quebrou, só estou querendo um lugar para ficar até a ch... chuva passar - disse John, gaguejando um pouco.
- Tudo bem! Entre.
E assim ele entrou na casa dela... era uma casa humilde, mas ele gostou, aliás, ele morava em um apartamento.
John se secou um pouco.
- Pode se sentar no sofá, a casa é sua.
Ela era bem legal. Eles ficaram conversando durante três horas.
- Então... qual é o seu nome? - perguntou ela.
- John, e o seu?
- Maria... mora aqui por perto?
- A umas duas quadras daqui.
- Hum...
E assim continuaram a conversa, e, quando menos perceberam, já eram vinte e três horas, tinha parado de chover e John foi saindo. Enquanto saíam, John pediu o telefone de Maria para se encontrarem qualquer dia.
Ele fingiu, falando de assuntos completamente sem noção e não se aguentou, deu um beijo nela.
Ele sentiu algo completamente diferente do que já sentira antes, como se o mundo tivesse parado, como se seu coração batesse mais rápido e mais devagar ao mesmo tempo. E ela também, já que aceitou seu beijo. Depois de alguns minutos eles se despediram.
Mas quando ele foi atravessar a rua, um carro o atropelou. Ela correu para o meio da rua onde seu amado estava jogado no chão, envolto de uma poça de sangue.
As últimas palavras que John disse foi:
- Eu te amo...
- Eu também te amo - disse Maria chorando - Por favor, não se vá!
Mas, já era tarde demais, John estava morto.
Maria nunca se esqueceu das últimas palavras de John. Era como se nunca mais fosse amar novamente.
E assim foi, Maria envelheceu e morreu, sem amar mais ninguém, e lembrando de seu amado, á cada manhã ensolarada, dia após dias que desejava morrer por não tê-lo.
Ao som de:
My Chemical Romance
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