Eu, Triste Ao Me Ver


 Quando me vi não pude aguentar, pus-me a chorar, eram lágrimas falhas mas verdadeiras, estava tão mal, nunca imaginaria em estar tão triste ao me ver. Quando me olhei no espelho, já não sabia quem eu era e o que estava acontecendo. E eu pensei, que se tentasse ser feliz, conseguiria em questão de anos, e os anos foram passando, e eu envelhecendo, sem você.

 Nunca poderia me esquecer dos dias bons e felizes, não eram todos ao teu lado, mas sabia que poderia falar com você ao fim do dia. Queria poder me esquecer, assim como você esqueceu, mas é muito dificil. Incrivel como as palavras "dificil" e "impossivel" fazem parte da minha vida. Vida? Que vida? O que é viver? Como destruir um coração de uma vez? Se pouco a pouco me destruo por dentro, solenemente.

 Espero estar sozinho sempre, pois já tentei não estar, e sempre chorei ao voltar a estar. Em meu estado de espirito destruido, onde o sol que entrava antigamente pela minha porta branca e limpa, agora o sol não aparece mais, e a tempestade se aproxima, com minha porta aberta, lhe esperando, talvez ela entre e me leve, tire logo minha vida. 

 Mas sempre odiei o sol, pois ele esquentava meu gélido coração, me dando a falsa ilusão de felicidade. E as horas passam rápido por aqui, e nem percebo quando fico mais velho, odeio tudo e todos, e sorrio tranquilamente bem. Talvez não baste, não é o suficiente, magoar as pessoas, pois elas passaram a finjir estar bem. 

 Eu queria morrer, de verdade, e tentei tanto, mas parece que não sou capaz nem de acabar com tudo. Deixei o amor para tráz, pois ele não me trouxe nada bom, deixei a religião, pois ela me trouxe questionamentos falsos, deixei meu gosto, pois ele ficou amargo e seco. Me viciei em nada, e absorvo vidas falsas que vejo na tela do meu computador, e cobiço tudo, sinto inveja de todos e entro em outras histórias, tudo que me faça esquecer aquela história antiga que estou cansado de contar, pois choro sem querer chorar, sorrio sem querer sorrir, me destruo sem querer me destruir e te amo, sem querer lhe amar.

 Ao som de:
O Peso do Mundo - Fresno
Outra Vez - Fresno
Anjos - Abril
Aline - Abril
Velhas Novidades - Abril

1 comentários:

Debora Gobor disse...

Oi, tem uma tag pra você, lá no meu blog, pega lá, e publica no seu blog.

beijos, Dé.

semprequisterumassim.blogspot.com

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