Aquilo já não faz sentido,
sentido que perde-se em cláusulas.
Levante-me ou deixe caído,
parece-me não ter mais lágrimas.
E estou bem aqui atrás,
esperando ser passado novamente.
Voltas que o mundo me traz,
e vejo o quanto estou normalmente.
No normal modo de ser,
não queria ter erros constantes.
Não há como deixar de viver,
se vivo guardando instantes.
Instantes inconpletos,
queria mandá-los para a puta que pariu.
Simples pequenos fetos,
que nem sei de onde que saiu.
Todo esse ódio,
essa vontade estranha de não querer fazer nada.
E já não quero uma poesia rimada.
Nem sei o porquê de ainda fazê-las,
talvez pense que alguém as lê.
Preso no quarto, imagino sereias,
n'outro instante faço se fuder.
Pois minha boca está atada,
meus olhos pesados e doloridos.
Minha mão amarrada,
e já não sei o que se passa em meus ouvidos.
Que só escutam merda,
talvez seja tudo o que vejo.
Uma pessoa lerda,
tão fraca forçando um bocejo.
E nada tem fim,
e minhas mãos insistem em escrever.
Um ponto, enfim,
o pior é depois parar para ler.
Pena que minha ressaca não me matou.
Ao som de:
Partindo Pt. 2 - Abril
The Dream Is Over - Mushroomhead
Famous Last Words - My Chemical Romance
You know What They Do To Guys Like Us In Prison - My Chemical Romance
Outra Vez - Fresno
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