Meu Último Porre de Amor
Não saberia lhe dizer quando foi que percebi que te amava, apenas aconteceu. Aquela falta repentina que tu sentes quando esta só em um quarto, é a saudade, a vontade de ver o mesmo sorriso, brigar as mesmas brigas e viver a mesma vida. Tu me disse que se esqueceu de tudo o que houve, mas eu sei que não seria fácil, pois ainda não esqueci após anos.
E sei, que mesmo estando do outro lado do mundo, com milhares de pessoas em volta e uma vida, destino a seguir, eu ainda sentirei falta de tudo o que lembraria se não quisesse esquecer, mas lembro mesmo assim. É meio estranho ver quem ama com outra pessoa, diria que o aperto é desesperador, quase como se alguém que ama tivesse morrido.
É o coração, ele morre exatamente neste momento, quando você percebe que a pessoa para quem você o deu, não cuidou bem dele, como é estranho o coração, ele nunca sabe o que quer, e você nunca sabe quando ele vai querer. Dentro do meu coração guardei um grande amor, que queria dividir apenas contigo, mas um dia eu sei que irei te encontrar, mas não seremos os mesmos, pois parte de meus sentimentos são arrancados de mim a cada dia que passa.
Não gostaria mais de ser lembrado por alguém que te ama, mas não negaria-me ao dizer que fora verdade. A verdade é que esquecer nunca é um fato presente, é futuro, distante talvez. E esse meu silêncio me faz sorrir, falsamente, apenas para não desabar em frente aos sorrisos das pessoas... estranho como parei para perceber hoje os sorrisos das pessoas, e muitos são sorrisos fúnebres, falsa felicidade, conheço poucas pessoas realmente felizes, algumas até desistiram de fingir hoje.
E eu me senti não tão só, pois venho errando muito, é verdade, mas meus erros ainda são meus, e dividi-los seria covardia de minha parte. Só sei que tive as duas semanas mais felizes de minha vida, e elas foram arrancadas de mim em questão de segundos. Mas tudo bem, sigo só, eu e essa solidão idiota e desnecessária. Vou abrir meus olhos, borrados pelas lágrimas, levantar meu corpo, cortado pela lâmina, e pegar meu violão, que guarda tantas histórias, que guardo meu coração agora, que está podre e sombrio, em um lugar muito triste, lá dentro, daquelas notas simples e esperadas, usadas quando se tem a letra perfeita na cabeça, talvez irei compor sobre meu último porre de amor, que foi o seu.
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