Um Tiro Para Lembrar
E assim ele acordou do sonho, mas percebera que estava em outro, talvez a continuação da mesma merda que vinha acontecendo no anterior, mas esse tinha diferença. Não era feliz, e tão escuro que nem percebera o que estava prestes a acontecer.
E eu acho que ser feliz e sorrir era difícil no lugar onde estava, ele olhou ao lado, estava uma garota, ah! sim, a mesma garota de sempre, tão destruidora quanto, o sonho mais parecia-lhe um jogo de terror, e a neblina impedia que tudo começasse, e quando menos percebeu, estava sozinho, apenas ele. As portas não se abriam, e achou a única porta que poderia ter a chance de abrir.
Mas não parecia muito feliz lá dentro, era mais escuro do que estar lá fora, mesmo que tivesse uma arma não saberia como usar, e haviam coisas lá que realmente o garoto não queria revirar, pois era a parte de sua memória sombria, que esconde as coisas mais horríveis e que foram apagadas há muito tempo de sua memória, por sorte, antes que o garoto vivenciasse isso, ele teve a chance de morrer, ali mesmo.
Mas mesmo assim, ele não acordara do sonho, que fora feliz, ficara triste, vazio e sombrio. E onde ele estava não havia como distinguir agora, ele estava chorando muito, pensando naquela garota e em tudo o que perdeu até o exato momento, e as lágrimas eram mais reais do que o sonho, como se nunca parassem de descer pelo rosto gélido e morto do garoto. E bem a sua frente, uma tela, tão moderna quanto o tempo que esteve vivo. E lá, mostrava talvez uma vida, que estava prestes a se acabar.
Ele poderia estar muito bem feliz naquele momento, pois alcançou o que deveria ter alcançado há tempos, mas quando se acorda chorando de um sonho talvez não haja tempo para felicidade, e o dia estava chuvoso, uma chuva forte, e ele não queria acordar, pois a realidade doía muito para suportar, ele queria correr dali, mas não era um sonho, era real, agora era real. Ele estava só, completamente só, consigo mesmo despedaçando-lhe em murmúrios.
Parece que perder as coisas não parece ser fácil de se achar. Até hoje o garoto queria saber, para onde foi o amor, os amigos, as tardes, os dias, as noites, as estrelas, o tempo perdido, a memória esquecida, o passado sombrio, a vontade de morrer. Parece que não sente tanta falta quanto sente de uma pulsação descontrolada que antes fazia seu coração bater da maneira mais corretamente possível, agora ele não bate mais, pois suas veias foram cortadas pela faca do amor, talvez não haja cura para essa doença destruidora.
Ao som de:
Blood - My Chemical Romance
Welcome to the Black Parade - My Chemical Romance
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