Mas essas pessoas diferentes, que pensavam diferente uma das outras, até mesmo dentro de si talvez queriam ser igual a todos, mas não podiam... Pois ninguém pode mudar o que é, apenas podemos fingir o que somos... Mas naquela cidade, aonde os amores também eram falsos, um garoto queria uma garota igual, mas ele sabia que ela não queria ser falsa... Mas infelizmente poucos se salvavam de tal tentação, emoldurados em um ciclo perfeito de acasos e casos não ocorridos, o garoto não podia ser igual, a garota não queria ficar só, mas ele sempre estivera lá por ela, mesmo que ela ainda assim conversasse com os falsos.
Talvez todos estejam errados nessa cidade, mas um dia ela irá queimar... E apenas os verdadeiros conseguirão fugir de lá antes que amanheça e todos se afoguem na própria mentira, se torturem nos próprios pecados... Pois não há espaço para o amor, não há espaço para ser real, pois o plástico está por toda a parte, e isto nos desgasta, mas ninguém percebe isso... Pois o álcool inibe de nós qualquer reação de protesto que podemos sentir e ousamos falar, e ainda assim estamos jugando, mesmo sendo nós o nada, e o resto o tudo... As pessoas continuam fingindo que querem ser o que as outras são, e assim lágrimas caem, e voltam a se reconstruir em uma mentira idiota que inventamos... Pois este garoto, se cansou de tudo isso, este garoto não quer ser igual, não quer ser falso, não quer ser irreal... E a única maneira que ele tem de se salvar, é queimando todos, em uma fogueira moldada a erros e desgraças, vamos todos morrer! Enquanto fingirmos sermos o que não somos.
Ao som de:
O Que Hoje Você Vê - Fresno
Relato de Um Homem de Bom Coração - Fresno
Minha Paz - Gloria
Fake Plastic Trees - Radiohead
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