Pois é, será que eu consigo dizer mais alguma coisa? O máximo que tenho que fazer é isso, dizer a verdade, o porque de minha implicância e de tudo o que aconteceu. Quer saber a verdade? Tu não deveria se importar com isso, se te amo ou não? Isso não importa, e tu sabes muito bem disso. Só que teu sorriso sempre foi a coisa que mais me deixava bem naqueles meus dias ruins, teu jeito de falar, com o canto da boca. As tuas brincadeiras sem sentido nenhum, queria muito dar risada, mas tinha que implicar, não tinha?
A vida é assim guria, as pessoas entram nela e marcam, se vão ficar ou vão sair? Não importa, realmente, nada mais importa agora... mesmo que eu tenha dito adeus, quando o outro ano começar, e eu lhe ver. Eu sei que vai ser como a primeira vez, na frente da Igreja, me perguntando quem tu era. Pois é, eu descobri, me apeguei, fiquei cego, devagar... tu sabes que não daria certo, eu sou baixinho, tu é alta.... eu sou estranho, tu é perfeita. Realmente não há um conto de fadas, nem pra ti, nem pra mim.
E se um dia a gente se ver, não quero mais brincar, não quero mais te dizer algo, qualquer coisa, sei lá... se eu estiver feliz, vou sorrir... se não estiver, não vou te olhar. Nada disso significa que eu lhe odeio... afinal... tem como odiar uma garota como ti? Não, eu não vou responder a tuas indiretas, não vou te explicar nada... muito menos vou tentar fazer algo pra te ganhar... não vou ficar chorando, muito menos escrever outro texto, apenas para dizer que eu não me compreendo, não mesmo.
Por que a gente termina assim, sem ter começado, e eu sei que isso seria impossível... por que é mesmo. No fundo, a gente sempre esteve em lados opostos, enquanto eu lutava para me virar, e tu só caminhava mais e mais, pra longe de mim, pra longe dessa idiotice que eu ouso sentir. Tu fez certo em preferir ele, afinal... eu não posso lhe dar nada, e o que tenho, estou guardando para alguém que realmente mereça. Aqui liberto meus sentimentos, aqui anuncio minha mudança... minha vontade é de gritar isso, ou de me calar, fingir que nada aconteceu... mas, um adeus é assim, apenas um adeus... e nada mais.
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