O sino badalava. Era hora de estar lá, junto de você. Mas
havia algo que não me permitia: a distância.
E eu nem ao menos sei como você é. Não sei o que eu
realmente sinto por você. É uma mistura de sonho de te ter como você é, todo
atencioso e brincalhão, junto de seus defeitos, que eu nem ao menos consigo
decrifrá-los.
Diria na frente de todos o quanto eu gosto de você... O quão
importante você se tornou, independente de distância ou de brincadeiras que
fizemos.
Eu poderia te esperar por todo o tempo que precisasse. Eu
poderia te amar desde o nascer do sol, até que você se deitasse no meu colo e
dormisse.
Eu queria poder te abraçar, dizer que vou te ajudar em tudo,
não importa o que aconteça. Eu poderia te dizer isso pessoalmente. Poderia
criar coragem o suficiente e te mandar todos os textos que lhe escrevo. Mas
tenho medo. Medo que você não me receba de braços abertos. Medo que você nem ao
menos se importe. Medo que eu me perca nos meus próprios pensamentos, que eu me
afogue nos meus próprios sentimentos, pensando que isso poderia se tornar
realidade, que eu precise de você.
Na verdade, não sei.
Tudo é muito suspeito. Tudo é muito diferente. Mas e se isso
for um sentimento passageiro?
Me parece que não! Me parece que eu gosto de tudo o que você
também gosta. Me parece que estamos presos a um passado que não nos permite
viver juntos.
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