Só ouvi-me morrer aos gritos,
acaba-se tão fácil a dor.
Mas assim como foi, ela volta,
com as mágoas que ganhei do amor.
Amor tolo... amor fútil.
Murmúrios já não me restam.
Pois o sangue que derramei,
os pobres de alma protestam.
Na verdade a morte está aqui,
meu corpo gélido e fresco.
Encontrei-me com o triste fim,
mas será que ele me encontrou?
A depressão profunda...
o lado obscuro da vida.
A faca perfura meu corpo,
mas assim não houve saída.
Ainda estou aqui, sem você...
sem ninguém...
Esperando a morte chegar...
talvez ela me faça companhia,
quando meu sangue jorrar.
Queria que morrestes junto,
pois esse mundo não pertence a nós.
No sombrio vazio me afundo,
e eu já não tenho minha voz.
Que lhe falara as coisas mais lindas,
e hoje já não dizem mais nada.
Nem cicatrizam feridas,
que causei em minha amada.
Então... viverei para quê?
Para ver esse mundo sofrer?
Seria ousadia de minha parte,
não querer buscar o querer.
Pois o tempo não voltará,
e esse sangue não para.
Não parará,
ao menos que arranque meu coração.
E os corvos em mim vão buscar,
destroços de carne vazia.
Na cruz que cansei de carregar,
naquelas noites frias.
Desisti de me conformar com tudo,
da água que molha meu rosto.
Sinto-me num cinema mudo,
adaptado ao meu gosto.
Mas não gosto mais de nada,
nada me dá alegria.
Nos versos me perco sentindo,
a dor dessa tarde vazia.
Deixe-me morrer,
mas visite meu túmulo.
Sou aquele que há de sofrer,
deitado, soterrado, morto, pecador.
Até alguém me encontrar,
e limpar meu sangue...
Até que minha lágrima seca,
se transforme em um sorriso...
Ou seja... Nunca mais!
Ao som de:
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