Meu Paraíso Pessoal


Não gosto de contar o que passei,
é pertubador demais para mim.
 Sonho? Real? Já não sei,
mas fico feliz que chegou ao fim.

 Mas será que o fim realmente é esse?
Se já vi corpos se moverem pós morte.
E falo como se não merecesse,
não sobrevivi disso, por sorte.

Mas lutei o máximo que pude,
mas minha maldição era maior que meus gritos.
Perdi anos nessa densa quietude,
desvendei e inventei meus próprios mitos.

 Mas a neblina ainda era densa,
só sei que entrava profundamente em meus pulmões.
E pessoas infelizes, ainda na crença,
de um Deus que não arrancasse seus corações.

Que era o que nem tínhamos,
pois tive coragem de a queimar viva.
Na religião em que viviamos,
era impossivel saber que ela sobrevivia.

 E assim começa nossos demônios,
minha eterna fuga do desconhecido.
Queria não ver isso em meus sonhos,
mesmo depois de ter falecido.

Ainda vago entre os cantos desse lugar,
mas dizer que daqui não gosto é tão banal.
Nada me machuca enquanto vagar,
a assim criei meu paraíso pessoal.

De sangue dia e noite,
de sinos, correria e morte.
Da total escuridão de um falso Deus,
de um mundo onde não vivem mais ateus.
Apenas condenados...
Ao paraíso da morte eterna.

 Ao som de:
Honey, This Mirror Isn't Big Enough For The Two Of Us - My Chemical Romance
Supersonic - Oasis
Careful - Paramore
The Ghost of You - My Chemical Romance

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