Eu vi que o céu me atrai bem mais que o chão...
Mas é tão cruel contemplar sozinho a imensidão.
Queria alguém pro Universo observar.
Seriamos eu, você... e o resto é nada mais.
(O Resto é Nada Mais (O Sonho de Um Visconde) - Fresno)
Então começa mais um dia... é só mais um. E eu ainda pensando no que posso encontrar, se há uma casa para mim, em algum lugar. As estrelas se apagam, pensei eu ao ver aquela... aquela mesma estrela especial, que me lembrava os melhores momentos que pude ter nesses últimos anos desaparecer... Senti-me um cego, um tolo. Por que elas estão tão longe umas das outras? Estar lá seria como desaparecer no espaço, sem ar, sem luz, sem luar... sem dor. E eu aqui pensando se tu pensa em mim.
Estou fora - não por muito tempo - pois ainda existem estrelas vivas nessa cidade... ainda há esperança, mesmo que pouca. Ás vezes apenas um olhar teu seria o suficiente para me fazer sorrir o dia inteiro. Mas o pouco que há em mim de ti se foi... sabe aquelas lembranças? Se foram, juntas àquela estrela que se apagou. Eu preciso ser salvo, sem teu brilho acolhedor, sem teu esplendor, sem nosso céu... nosso amor... Eu costumava compor várias músicas para assim compreendê-lo.
Por um instante eu te senti aqui, me dizendo aquelas coisas de sempre, aquelas velhas conversas, que hoje se voltam à outra pessoa, alguém que te merece muito mais que eu. Desculpa se eu não soube lidar? Os vermes - que antes eram borboletas - no meu estômago me fazem odiar te ver, me fazem me odiar, muito mais do que você ou qualquer outra pessoa. Onde estava você quando eu mais precisei? Quando as navalhas eram minhas únicas companheiras naquelas noites tristes, em que tudo o que pensava era nas pessoas que, inconscientemente foram mortas pelo meu ego e imaturidade... Eu mato tudo o que é ou já foi importante para mim.
Mas ontem aquela estrela me fez pensar, de uma maneira tão linda e triste ao mesmo tempo. Que tudo se apaga muito rápido, e o pouco que brilhamos já é o suficiente para encontrarmos nosso lugar no Universo de alguém. Somos como estrelas, buscando sempre um lugar na imensidão, tão longes uma das outras que mal ouvimos os gritos, sentimos os cortes. Vivemos com medo... o mesmo velho medo de amar, medo que sinto todas as vezes em que te vejo sorrir e não compreendo, simplesmente não entendo por que brilhas tanto ao meu ver. Talvez eu esteja cego por pensar que contigo será diferente... Eu nasci para observar teu brilho, não para brilhar.
Ao som de:
O Resto é Nada Mais (O Sonho de Um Visconde) - Fresno
Dear God - Avenged Sevenfold
Muggy - Abril
O Gelo - Fresno
Livre - Abril
Carta - Fresno
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