Do Poder ao Querer




  Tão meio complicado, como estar imerso em meia duzia de dúvidas e incertezas. Assim que se leva a vida, pensando a cada dia no que se pode perder, apenas por viver. Assim se faz a poesia, de um tanto de tristeza, suficiente para um rio de lágrimas, de todas as pessoas a quem magoamos. Estive pensando, talvez até demais, no que importa, realmente, no fim. Por que se tudo tem um fim, talvez seja apenas o começo de toda e qualquer tristeza desse mundo. Fecho os olhos e enxergo universos, supernovas e milhões de estrelas... Elas me acompanham, onde só posso ouvir o mar, sem lágrimas, apenas a grande imensidão. Se me sinto só? Quando foi que me senti acompanhado? Apenas não vejo sentido no que posso ou não dizer ao que fosse, talvez, o grande amor de minha vida.

  Nós adolescentes estamos tão cheios de incertezas e manias. Chego até a me perguntar se é correto dar um sentido a absolutamente tudo o que acontece. Se é acaso ou destino, são apenas fatos. A verdade é que estamos fadados a caminharmos sozinhos, com a plenitude de sermos apenas humanos, vivendo em um mundo que roubamos de nós mesmos. Tanto faz, só queria um abraço, um sorriso, talvez um beijo, daqueles que fazem o mundo girar, mesmo sendo hipoteticamente impossível. É isso que nós queremos, amar, esperar sermos amados da mesma maneira. E até nos esquecemos o quanto diferente somos um dos outros.

  Não dá para esperar que neve, em pleno verão... Não são assim que as coisas funcionam. Andei pensando em um beijo, em um lugar, e em uma grande lembrança de algo belo. Belo até demais para descrever em palavras. Não me leve a mal, não quero magoar ninguém. Só quero o meu bem. Fazer o que? Ninguém mais quer, meu egoísmo se faz necessário diante dessa hipocrisia em que todos se encontram. Eu escolhi ser eu mesmo, e me julgaram. Amei quem não devia, mas quem é que fez essas malditas regras? Eu só digo uma coisa: fodam-se as regras! Amizade não serve de ponte para nada, não se faz nada sem que duas pessoas realmente queiram fazer. Que culpa tenho eu, se sei convencer?

  Dito isso, apenas digo, que se em tudo o que fiz ou poderia ter feito... Pesasse exatamente o que viria a bem ou a mal, o que faria alguém chorar ou odiar-me mais. Não teria feito nada a minha vida inteira. Somos nós, humanos, eternos babacas sentimentais. Que se apegam a mais medíocre ideia de possessão. Palavras bonitas não satisfazem os desejos mais profundos do ser, existe apenas o fazer. Ou o saber fazer. E é isso que nos torna errantes, simplesmente caminhando para o nosso próprio caminho, sem levar nada. Sem pesar os erros, sem pensar nas mágoas. Somos adolescentes, nos tornamos adultos a partir do momento em que deixamos de nos importar com coisas fúteis. O amor não é fútil, mas se sentir posse de alguém, ou se deixar ser possuído por qualquer outra pessoa além de si mesmo, esta sim é a maior das futilidades. Eu estive pensando, e passou-se mais de um mês em que deixei de pensar tanto, e comecei a agir mais. Se eu não viver por mim, um dia vou morrer por alguém... E isso não vale a pena.

Ao som de:
If It Means a Lot To You - A Day To Remember
Pergunta - Fresno
Minha Melhor Invenção - Hateen
Don't Go Away - Oasis
Up In Arms - Foo Fighters
Stonehenge - Fresno
Quando Crescer - Fresno
Champagne Supernova - Oasis

0 comentários:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...