É amor? Ou algo bem melhor?



  Talvez seja verdade, quando dizem que pessoas que se dizem não amar, são as que mais amam. A gente se usa como pode, no quarto, na sala, banheiro... E se faz sentir toda e qualquer minuciosidade que o amor nos trás. Isso é amor? Ou algo bem melhor? A gente não sabe, mesmo sonhando, imaginando, querendo o que não pode. Já faz meses que eu percebi, que não se faz amor sem ao menos amar... E se amou, e não ama mais... Pra que reclamar? A gente percebe tão pouco, e aquilo que me é perceptível me diz que nunca dá certo... Talvez seja complexo demais para um mero sonhador tentar entender.. Ao invés de viver. É estranho, da felicidade para a tristeza há uma linha tênue, quase como um fio de cabelo... aonde a gente se equilibra até o fim, e lá a gente encontra a solidão. Tenho medo de ficar sozinho.

  E é naquela brincadeirinha de "para sempre" que a gente se apaixona. Imagina estrelas, chora pra cacete, e diz que vai esquecer. Daí a pessoa volta, e tu sorri... Daí tu briga e diz um monte de coisas no momento... Mas a verdade é que a gente é tão acostumado a viver com, que fica meio difícil viver sem... Mas não é impossível, não é impossível dar as costas ao que nunca vai dar certo. Fiquei imaginando, eu, tão perto dos 18 chegar a morrer de amor, uma droga tão viciante quanto qualquer outra. Mas não, vocês entendem? Não existe essa coisa toda de superar, o que a gente passa nessa vida, passou, simples assim. Não tem por que se lamentar... Se nunca rolou, quem sabe um dia a gente se beija, se esbarra, se encara, se ama. 

  Não se complique, digo eu, mesmo sabendo que as coisas continuam iguais. O mundo gira, a gente envelhece tanto quanto um ferro enferruja. E onde é o fim? Agora ou depois? Eu não sei dizer ao certo no que pensar... Se é em um banco de praça, uma esquina, uma lembrança... Isso é tudo um puta clichê. Coisa que a gente se apega sem pensar que nos faz mal. Minha cama nunca mais foi minha, se tudo está revirado desde que eu lhe deixei. Se eu pensei errado, não importa... Eu agi como um homem, e isso não se pode negar. E eu posso sim afirmar, que eu duvido, que aqui ou em qualquer outro lugar... Tu encontre um homem que lhe faça sentir o mesmo que te fiz sentir. 

  Há um encontro em tudo o que há de complacente e relevante nesse mundo, incontentavelmente apenas algumas palavras difíceis de dizer. Mas nada se compara àquelas palavras que não se deve dizer, nem na hora certa, muito menos na errada, aquelas que a gente passa o dia pensando, e imaginando. Como uma criança buscando os seios de sua mãe, aonde a gente quer se abrigar e nunca mais sair dos braços daquele indivíduo. O coração dispara, e mesmo assim a gente se move, talvez um abraço, um sorriso? Um beijo! Que seria a luz na grande escuridão em que nos encontramos até então. Metaforicamente falando, não existe nenhum anjo ou demônio que encontre sua luz ou escuridão. Dito isso, eu concluo que o sonho inalcançável, talvez seja o tão esperado amor que não existe. Se existe eu cansei de procurá-lo... Sou um demônio buscando a luz, não a tão sonhada escuridão. A gente deveria tentar encontrar-se mais com a solidão.

Ao som de:
  Wonderwall - Oasis
Goodbye - Fresno
Inconstante - Hateen
The Light Behind Your Eyes - My Chemical Romance
The Tale of Dusty & Pistol Pete - The Smashing Pumpkins
Porto Alegre - Fresno
Crestfallen - The Smashing Pumpkins

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